segunda-feira, 11 de abril de 2011

A menina corcunda

           No cerco do que acontece, duvidas,saber o que se passa é mais obscuro que o crepúsculo, peso e inquieto-me ao prever que nada é um conto de fadas, e que historias incríveis não passam de utopias baratas que implantaram em minha vulnerável mente, o pausar sobre o corpo e o coração, só fará sentido quando o refletir consciente prevalecer, e então eu me pergunto: o que é a consciente frente ao sentir? frente a algo que se espera por muito tempo? onde eu encontro o limitar do sentir? na eminencia de mergulhar no  profundo a minha frente, se encontram evidencias de corpos que mergulharam e não retornaram jamais. neste tempo minha busca é manter meus pés presos ao chão, presos quase que imóveis, sinto-me de mãos atadas, frente a desprazeres, frente a coisas que acontecerão, mas jamais se tornaram realidades latentes.

               Conta a história que uma menina de tanto pesar sobre o caminho preocupando-se com os buracos e pedras que encontraria, formou um Calombo nas costas, tempo depois essa menina cresceu e se tornou uma jovem, o calombo estava lá mas o peso da estrada não a preocupava tanto pois ela já conhecia os desníveis que encontraria, tudo era previsível, ela então conseguiu olhar pra frente e seguir sem preocupar-se muito. ao olhar pra frente ela encontrou pessoas, essas pessoas não eram como o caminho, previsiveis pra ela, ela as amou, pois tudo era desconhecido e ela já estava farta do caminho, pois este era cansativo de mais, com seus buracos e pedras, essas pessoas a faziam rir e a distraiam, fazendo elas esquecer-se da dura jornada que trilhava, sem perceber ela permitiu que entrassem em seu coração, e este tornou-se pesado, tão pesado que ela voltou a andar curvada e olhar para seus pés  , então ela percebeu que aquelas pessoas apesar de amadas a faziam sofrer mais que antes, pois agora ela não carregava apenas o seu proprio peso,  ela sentiu muito pois deveria esvaziar seu coração se quisesse seguir leve. e sua caminhada tornou-se então mais pesada ainda, pois agora ela carrega o peso do caminho, e um coração cansado de ser vazio e solitário.

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