sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fora da dimensão tempo


Esse texto eu escrevi ano passado depois de uma de minhas idas para casa, nessa ocasião fazia exactamente um ano desde que eu tinha ido morar fora e mesmo depois deste um ano as coisas pareciam às mesmas como se eu nunca tivesse ido embora.


As pessoas não mudam, somos eternamente os mesmos garotos do passado, as vezes penso ter apenas 16 anos, as piadas são as mesmas os medos também, vivemos como adultos, mas nosso coração continua com apenas 16 anos. É como voltar a um lugar no passado e ver que mesmo que lá não seja seu mundo, você sente como se nada tivesse mudado, um lugar onde a dimensão tempo não tem efeito, estar lá é ter a sensação nostálgica de que seu corpo cresceu os traços do rosto estão começando a serem desenhados pelos fatos da vida, porém o que está dentro de você eterneceu. É o mesmo sorriso, o mesmo olhar, os mesmos pavores, as mesmas manias tolas.
A grandeza do homem não muda se hoje a nobreza faz parte do ser, não importa a dimensão tempo não tem efeito sobre esse lugar “perdido” dentro da alma. Somos e seremos homens e mulheres nobres em qualquer tempo. Jovens ou idosos, o que vale é que somos neste lugar onde o tempo parou.
O coração do homem não é movido pelos vãos sentimentos, mas pelo amor a puros e nobres ideais gravados dentro de si. Às vezes penso ter 16 anos e posso ter pelos meus utópicos, incríveis e puros ideais que estão fora da dimensão tempo.

um verso de mario quintana para fechar.. acho no dia que ele escreveu talvez tenha sentido um pouco do que eu senti quando escrevi isso.
"SEMPRE QUE CHOVE
Sempre que chove
Tudo faz tanto tempo...
E qualquer poema que acaso eu escreva
Vem sempre datado de 1779!"
Mário Quintana

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