Da imensidão
do salão de chão tão marrom, das luzes amarelas e dos sapatos engraxados, tilintar dos copos, talheres de prata polida, belos vestidos, luvas brancas. Teclas brancas e pretas,
pautas, suaves notas pelo ar, melancolia, estende-se a mão, e se embala com o
olhar, sutileza, uma pausa, embalar.
Abra os olhos, veja os raios de sol, partículas de pó a dançar, suaves notas
mudas, inocente, inexistente, boca incoerente, tão boba, tão boa, mãos
desapercebidas, tão tola, tão chula, mente insana, tão fraca, estanca, coração
tão frágil, dissoluto, enfado perpetuo de erros, acertos incorretos, turbulento
motim, derradeiro falar. Feche os olhos, tente voltar ao salão, apenas,
reflexos vermelhos do sol sobre as pálpebras, palpitar, mais uma vez, acorde
meu bem, pés pelas mãos, parcas
palavras, abra os olhos, sem salão, sem
luzes amarelas, apenas palavras tortas, somente suas palavras dançantes.
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